domingo, 14 de março de 2010



e hoje foi dia de...

acordar cedo com o sol tão quentinho.
ir ter com a bia e a lila e tomar cafézinho.
passear pela feira de velharias e babar a olhar para tudo.
o di aparece entretanto.
remexer um número incontável de discos de vinil.
babar e ficar louca com as máquinas fotográficas antigas.
e claro, para além de babar, comprar. -.-
e depois ficar com um sorriso de orelha a orelha. ai.
e comprar mais umas coisinhas porque enfim.
e depois almocinho no chinês.
café no parque a seguir.
diarreias mentais nos diários gráficos.
passeio pelo parque inteiro.
mais um café no "copojó".
(o nosso dialecto para dizer cup of joe)
e depois,casa.
e mais à noitinha, vou rever o filme da amélie e sonhar.

bons dias. boas companhias. e para acompanhar, sol.

. AGFAMATIC 180 da AGFA
. Kodak 620 Six-20 da Kodak London


e isto são diarreias mentais -.-'

14.03.2010

quarta-feira, 10 de março de 2010


.frio amanhecer.

estava a nascer o sol. eu vinha quase de olhos fechados pela rua deixando me guiar pelos meus pés gelados dentro daquelas sapatilhas de pano. senti e sei que contei todas as pedras que a calçada tem, mas sem olhar. estava frio, mas tinha-se passado a noite. e depois dessa noite o sol espreitava ainda um pouco envergonhado por algumas ruelas, batendo na cal branca que reveste as casas e aquecendo um pouco o olhar e rapidamente também o coração.
e é nesse momento em que tudo é tão bonito em redor que se sente a falta de um abraço que complete a pintura que está à nossa frente trazida pelo amanhecer. um abraço. um abraço de olhos fechados e de alma cheia. sem pressas, acompanhando o ritmo lento do sol que nasce. um abraço que aqueça mais do que esse sol ainda tão frio e preguiçoso. um abraço que nos leve até casa sem medo. sem medo da solidão, do vazio do nosso quarto e do frio dos lençóis.
mas tive que me contentar com o os pequenos raios de luz que batiam na cal branca e com o céu azul clarinho com nuvens salmão. e segui pela calçada, fria, arrastando-me a mim e aos meus fantasmas. abri a porta de casa e antes de entrar respirei uma última vez o ar daquele amanhecer, que de triste não tinha nada, estava apenas incompleto.

10.03.2010
rabiscos.