todo o sentido. e mais algum.

"deixa-me!"
"deixo-te?"

como é que se deixa algo que nunca se teve, algo que se perdeu no tempo?
e isto martela na minha cabeça o dia inteiro. e vai continuar.
hoje, amanhã, e por aí em diante.
deixa-me. deixa-me. deixa-me.
porquê tudo chegou ao que chegou?

(só de me lembrar que tudo isto começou num dia em que eu fui a évora.
estava completamente perdida no meio daquela selva que lá no fundo é bem parada.
estava aparvalhada a falar com alguém que me ajuda-se e não te dei atenção.
por um minuto, uma porcaria de uma mensagem.
e a partir daí descambou tudo. eu mudei. eu mudei. "tu mudaste inês".
eu não mudei! não!
mas pelos vistos acabei por mudar,é.
mudei na atenção que te dava.
mudei na preocupação. sei lá, mudei.
e não é que às tantas fiquei farta de reprimendas e de ter que dar satisfações que mudei mesmo de atitude?
olha,mudei. a palavra de ordem cheira-me que é mudança.
eu devo ser a única parva que não sente que mudou aqui.
mas tu fazes questão de me dizer que sim, que eu mudei.
e olha,eu sem força e sem vontade, cheia de tristeza já nem respondo e faço-te pensar mais uma vez que mudei.
mudei. mudar. mudanças.
eu sinto-me igual.
eu sou a mesma que te mostrei ser.
hey, eu estou aqui, tu é que não me vês com esse cartaz a dizer MUDANÇA à tua frente, à minha frente,já nem sei.
ah, que estou eu para aqui a escrever.
eu afinal pareço é já não existir.
dei lugar a uma outra pessoa qualquer.
estou cansada! e tu também, de mim! )

deixa-me...
deixo-te!
acho que só posso fazer isso agora.
mas não deixo. não deixo de pensar como teria sido.

bah,são três da manhã e eu devo estar com mais febre do que nos últimos dias.

música. sempre nos faz melhor. ou não.